Agência dos EUA relaciona 10 mortes infantis à vacina contra Covid-19: o que se sabe até agora

Agência dos EUA relaciona 10 mortes infantis à vacina contra Covid-19: o que se sabe até agora

1 de dezembro de 2025 0 Por Antônio Garcia

Agência dos EUA relaciona 10 mortes infantis à vacina contra Covid-19: o que se sabe até agora. Saiba mais detalhes neste artigo.

Desde que um memorando interno da Food and Drug Administration (FDA) tornou-se público, uma forte repercussão tomou conta da mídia internacional.

O documento indica que pelo menos 10 crianças morreram “depois e por causa” de vacinas contra Covid-19.

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O que afirma o memorando interno

Primeiramente, o texto revela que a revisão interna da agência considerou 96 mortes ocorridas entre 2021 e 2024 como casos reportados após vacinação.

Destes, pelo menos 10 foram avaliados como “provavelmente/possivelmente atribuíveis” à imunização.

Além disso, o documento aponta que essas mortes podem estar relacionadas a inflamação cardíaca, condição conhecida como Myocardite.

Frequentemente mencionada em discussões sobre efeitos adversos raros associados às vacinas. (NBC4 Washington)

Por outro lado, o memorando não revelou dados essenciais: não foram divulgadas as idades exatas, histórico de saúde pré-vio das crianças, fabricante da vacina ou o número de dose aplicada.

Estas lacunas tornam impossível confirmar com clareza a causalidade entre a vacinação e os óbitos.

Também é importante notar que a revelação da FDA ainda não foi submetida a uma publicação científica com revisão por pares.

O que significa que os resultados devem ser tratados com cautela até que haja reavaliação independente.

Por que a comunidade científica reage com ceticismo

Especialistas em doenças infecciosas e cardiologia infantil têm expressado preocupação diante da “conclusão prematura” apresentada no memorando.

Eles enfatizam que os dados do sistema de relatos usados na análise (chamado Vaccine Adverse Event Reporting System, VAERS) não são suficientes para estabelecer causalidade.

Ou seja, apenas porque uma morte ocorre após a vacinação, não significa necessariamente que a vacina seja a causa.

Assim, muitos cientistas pedem que a suposta relação seja investigada de forma mais aprofundada.

Isto é, com dados clínicos completos, como autópsias, histórico médico das vítimas, comparação com taxas de mortalidade esperadas e, se possível, revisão por outros especialistas independentes.

O contexto regulatório e a importância da vigilância

Até o momento, vacinas contra Covid-19 continuam sendo consideradas seguras pelas principais agências reguladoras mundiais quando usadas conforme recomendação.

Por esse motivo, autoridades alertam contra conclusões precipitadas e reforçam que a notificação de eventos adversos não prova, por si só, que há causa-efeito. (Serviços e Informações do Brasil)

Contudo, a recente revelação da FDA reacende o debate sobre segurança vacinal e a necessidade de transparência e acompanhamento rigoroso de possíveis efeitos adversos — sobretudo em populações vulneráveis, como crianças.

O que ainda precisa ser esclarecido

Em primeiro lugar, é essencial que os dados completos referentes aos casos sejam divulgados: idade, comorbidades, número de doses, fabricante da vacina, autópsias e laudos médicos.

Sem essas informações, qualquer conclusão sobre causalidade permanece especulativa.

Em segundo lugar, seria fundamental que os achados fossem submetidos a revisão por pares e publicados em revistas científicas reconhecidas, permitindo avaliação crítica e independente.

Por fim, mesmo com esse alerta recente, os especialistas recomendam que decisões sobre vacinação considerem o conjunto mais amplo de evidências científicas.

Sobretudo o benefício da imunização na prevenção de hospitalizações e complicações graves da Covid-19.

Fonte: Reportagens sobre o memorando interno da FDA que relaciona 10 mortes infantis a vacinas contra Covid-19 divulgadas em novembro de 2025.